Neste trabalho, a partir do “glitch” procurei criar uma sequência narrativa, algo que quando num todo, criasse uma imersão do espaço\instalação através da grande quantidade de informação que nos é dada em aceleração e do som que nos abafa, deixando de certa forma “presos” no glitch, causando em alguns casos náusea. Procuro também estabelecer uma certa ligação entre o aleatório, isto explicado, através do processo experimental que foi este projeto conseguir com que os elementos, todos diferentes, caóticos na sua criação, se conseguissem interligar entre si, havendo uma continuidade entre si.
Acrescento que existe um interesse pessoal na reação dos observantes perante as projeções, sendo que isto tendo também o objetivo de simular um glitch do ecrã, elas realmente acharem que o ecrã ao ler\renderizar a imagem, o processador ser mais utilizado logo fazendo com que a imagem apareça mais lenta, sendo apenas a forma como o video é feito. 

Começando por usar um programa, no Windows,  que me cria de forma aleatória equações e as descreve no espaço, procurei resultados interessantes que me dessem informação pertinente, como a cor e composição que os pontos criavam, para depois no tratamento da imagem conseguir bons resultados com mais relevância e data para trabalhar.

Utilizando o Open Broadcaster Software como meio gravador, guardo as experiências que mais me interessaram trabalhar, imaginando de forma abstrata os resultados possíveis de obter dependendo das cores que tinha. Após isso escolho um vídeo final e tiro screenshots a este para ficar com as minhas imagens base. Neste processo ,de screenshot, fui utilizando tanto Windows como macOS na procura das imagens e experimentando com estas sempre com o objetivo de criar as imagens com mais informação para trabalho.
Imagens base da sequência 



Após a escolha da sequência começo a trabalhar a imagem, formato .JPEG, com um hex editor, leitor de hexadecimal language, e vou experimentando na procura dos resultados, muitas vezes deixando a imagem danificada e ilegível, tendo no final, uma sequencia de imagens que me serve para mais a frente converter para os vídeos.
Neste processo até às imagens finais eu vou compactando e convertendo estes ficheiros .JPEG em .PNG de diferentes formas, também utilizo o email como forma de compactação e uma transferência de imagem entre diferentes sistemas operativos (Windows macOS). Chego também a trabalhar o .png no mesmo programa que trabalho o .JPEG, seno que o .PNG tem uma compactação mais complexa que o .JPEG e não é tão acessível de trabalhar, para ver a que resultados chego.
Exemplo de um .JPEG trabalhado
Exemplo do .PNG, dois tratamentos diferentes
Logo que a parte anterior esteja pronta, utilizo o Adobe Premiere para a edição do vídeo na criação do .GIF visto que tenho como objetivo criar o efeito do glitch por isso fazendo deste vídeo algo que nunca acaba, o loop. Crio composições com as imagens deixando com que tenham pouquíssimo tempo de frame para dar a impressão de que a imagem está acelerada. Obtendo assim o resultado final para a projeção.
Para finalizar este projeto falo do som, nesta parte peguei em frequências de rádio, devido ao seu barulho estático, para as relacionar com as imagens, procurando algo acelerado para acompanhar a velocidade da imagem, criando assim o ambiente desejado da “instalação”
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